Famílias que vivem em áreas classificadas como de risco, na
capital, são alvo de ação da Prefeitura de São Luís. Equipes da Defesa Civil -
que integra a Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) -
visitam bairros mapeados realizando vistorias, levantamento de problemas e
recadastramento de moradores. O objetivo do trabalho, que segue orientação do
prefeito Edivaldo, é garantir a segurança, desenvolver ações sociais e de
prevenção aos que residem nessas áreas. O trabalho, iniciado em julho, prossegue
até setembro. Entre os bairros visitados esta semana estão o Cantinho do Céu,
São Francisco, Parque Pindorama, Sacavém e Bequimão.
A ação tem caráter preventivo e finalidade de orientar os
moradores sobre os perigos de permanecer em locais apontados como de risco,
principalmente quando ocorrem chuvas, pontua o titular da Semusc, Heryco
Oliveira Coqueiro. "Esse trabalho se intensificou desde o início da gestão
do prefeito Edivaldo, com as ações de monitoramento e também, de
conscientização dos moradores. Estamos em alerta sempre, e com a intensidade de
chuvas ou outro componente que possa causar riscos a essas pessoas,
intensificamos os trabalhos", reforça o gestor. Ao longo da semana, outros
bairros serão selecionados para receber as visitas.
Durante a ação, os fiscais da Defesa Civil aplicam
questionário junto aos moradores para saberem sobre o número de pessoas
ocupantes da residência, situação dos imóveis e ocorrências que por ventura
tenham causado qualquer dano. "Esse trabalho integra o planejamento anual
da Prefeitura e tem por finalidade atualizar o cadastro que já possuímos, pois
esses números mudam constantemente. De posse desses novos dados, vamos
subsidiar os órgãos e entidades competentes para que adotem as medidas
necessárias", explica a superintendente de Defesa Civil, Elitânia Barros.
As principais situações de risco encontradas são imóveis em
áreas de encostas e propensas a deslizamentos e alagamentos; por trás de
barreiras e em terrenos bastante acidentados. Além de problemas estruturais
(rachaduras, fissuras e outros que atingem a estrutura física dos imóveis) e
questões sociais como as moradias em palafitas. Os moradores são orientados a
não fazer intervenções nas áreas – desmatar ou retirar sedimentos – entre
outras ações.
As áreas Itaqui-Bacanga e Coroadinho já tiveram as vistorias
concluídas. As informações coletadas vão atualizar o mapeamento periódico e
servir de base para as medidas do poder público municipal. A próxima etapa será
a catalogação dos dados, a serem consolidados em documento e encaminhados a
órgãos municipais competentes e entidades ligadas à questão.
Entre as medidas da Prefeitura para acolher famílias que
precisem sair de suas casas, devido ao risco de algum incidente, está a
inclusão no programa Aluguel Social ou contemplação com unidades habitacionais
do programa 'Minha Casa, Minha Vida', executado pela gestão municipal com
parceria do Governo Federal.
Registro mais do último levantamento, realizado em 2017 pela
Defesa Civil, mapeou 60 pontos de risco nas sete áreas cobertas pelo
levantamento na capital, destes, 29 prédios habitados em situação de risco no
Centro Histórico. Os resultados e avaliações gerais do trabalho com o número de
pessoas e imóveis cadastrados serão incluídos em relatório ao final da ação,
que encerra setembro.
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