Lucas Leite Ribeiro Porto negou durante audiência de
instrução, que aconteceu nesta quinta-feira (25) no Fórum Desembargador Sarney
Costa, a autoria dos crimes de estupro e homicídio da publicitária Mariana
Menezes de Araújo Costa Pinto. A sobrinha-neta do ex-presidente José Sarney foi
morta no dia 13 de novembro de 2016 dentro do próprio apartamento.
A decisão do magistrado titular da 4a Vara do Tribunal do
Júri, José Ribamar Goulart Heluy Júnior, foi pela pronúncia do acusado
Lucas Porto. Sendo assim, o acusado vai a júri popular em data a ser definida.
Ele chegou para a audiência escoltado por policiais e está
preso desde o dia 14 de novembro de 2016, quando foi denunciado pelo Ministério
Publico pelos crimes praticados contra a então cunhada. A audiência havia sido
suspensa no ano passado, por conta de um pedido da defesa para que Lucas fosse
submetido a exames de sanidade mental. O resultado dessa perícia atestou que
ele não tem nenhum problema e é responsável pelos atos que pratica.
No início da nova sessão, a defesa de Lucas Porto apresentou
uma série de questões de ordem, incluindo o pedido para que fossem ouvidas duas
novas testemunhas do caso. Os pedidos foram indeferidos pelo juiz e apenas uma
testemunha foi ouvida no depoimento desta quinta-feira. O médico que fez o
primeiro atendimento a Mariana confirmou que ela chegou morta ao hospital. Em
seguida, foi a vez de Lucas Porto ser ouvido. Ele disse que responderia apenas
as perguntas feitas da defesa, mas questionado pelo juiz se era responsável
pelos crimes dos quais foi acusado, negou a autoria.
Na época em que foi preso, Lucas teria confessado a autoria
do assassinato à polícia. Mariana foi encontrada desacordada no apartamento
onde morava no Turú. Câmeras de segurança do condomínio mostraram Lucas
entrando e saindo do edifício no dia do crime. Exames feitos pela perícia
revelaram a presença de sêmen no corpo e nas vestes da vítima. O resultado
reforçou a tese de que Mariana foi estuprada, depois de assassinada.
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